FRUTAS OLEAGINOSAS PODEM REDUZIR DOENÇAS CARDIOVASCULARES

12 janeiro 2009

 

Reportagem da Folha de S.Paulo aborda estudo que concluiu que adotar uma dieta mediterrânea associada ao consumo de nozes, amêndoas e avelãs pode ser útil no gerenciamento da síndrome metabólica.

 

A síndrome metabólica traz uma “associação de fatores de risco para doenças cardiovasculares relacionados à gordura abdominal e à resistência à insulina”, de acordo com a reportagem.

 

Leia a reportagem da Folha de S.Paulo, disponível na editoria de Ciência e Saúde da Folha Online, aqui. Leia um resumo, em inglês, do estudo, no site da revista especializada “Archives of Internal Medicine”, aqui.

 

O estudo, conduzido por pesquisadores da Espanha, avaliou os efeitos de uma dieta mediterrânea associada ao consumo de 30 g ao dia de frutas oleaginosas, ou 1 litro de azeite por semana ou somente uma dieta com baixos teores de gordura (grupo de controle), todas sem restrição calórica.

 

Segundo a reportagem da Folha, a dieta mediterrânea é rica em vegetais, cereais integrais e gorduras insaturadas e pobre em laticínios, carne vermelha e doces e está associada à proteção do sistema cardiovascular, segundo vários estudos.

 

Os participantes do estudo, 1224 idosos com alto risco de doença cardiovascular, foram recrutados de um estudo anterior, chamado PREDIMED (Prevención con Dieta Mediterránea), multicêntrico e randomizado, cujo objetivo era determinar a eficácia da dieta mediterrânea na prevenção primária de doença cardiovascular.

 

A redução na prevalência dos fatores da síndrome metabólica foi de 13,7% entre os que consumiram frutas oleaginosas, comparados a 6,7% de redução entre os que receberam azeite e 2% no grupo de controle.

 

O consumo de nozes está associado ao aumento da saciedade e menor adiposidade, afimou à reportagem Jordi Salas, professor de nutrição da Universidade de Rovira e Virgili (Espanha) e líder da pesquisa.

 

“O efeito antiinflamatório dessa dieta pode estar ligado à redistribuição de gordura. Quando se substituem carboidratos de alto teor glicêmico pelas gorduras insaturadas do azeite e das nozes, os níveis de triglicérides caem e os de HDL sobem”, declarou Salas.

 

Segundo o pesquisador, as nozes são ricas em substâncias com propriedades antiinflamatórias (magnésio, fibra, arginina) e antioxidantes. O triptofano presente nas nozes é usado pelo corpo humano para produzir serotonina, e também contribui para a sensação de saciedade.

 

O baixo desempenho do grupo que seguiu uma dieta pobre em gordura poderia ser explicado pelo maior consumo de carboidratos, causando aumento nos níveis de triglicerídeos, um dos fatores da síndrome metabólica.

 

O endocrinologista Walmir Coutinho, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, declarou à Folha que o estudo “gera uma hipótese interessante, mostra que reduzir gorduras pode não ser a melhor estratégia nesse caso”.

 

A reportagem da Folha traz ainda comentários dos especialistas Heno Lopes (Instituto do Coração) e Cláudia Cozer (endocrinologista).

 

 

Leia artigo anterior deste blog sobre dieta mediterrânea:

 

DIETA MEDITERRÂNEA PODE PREVENIR O CÂNCER


POUCO AÇÚCAR NO SANGUE PODE CAUSAR ALZHEIMER

9 janeiro 2009

 

Estudo concluiu que baixos níveis de açúcar no sangue podem causar redução do fluxo sanguíneo ao cérebro. Sem energia, a produção de proteínas no cérebro fica alterada, e esta pode ser a causa da doença de Alzheimer, acreditam pesquisadores.

 

As informações são da Reuters e do portal de notícias Folha Online. Clique aqui para ler a reportagem.

 

O estudo foi conduzido pelo departamento de Biologia Celular e Molecular da “Northwestern University’s Feinberg School of Medicine”, Chicago, EUA, e publicado na revista especializada “Neuron”.

 

Leia um resumo do estudo, em inglês, no site PubMed, aqui. Leia um artigo sobre o estudo, em inglês, no site e! Science News, aqui.

 

Robert Vassar, líder do estudo, declarou em 24/12/2008 que “este achado é significante porque sugere que o aumento de fluxo sangüíneo para o cérebro por meio do açúcar possa ser uma técnica terapêutica efetiva para prevenção ou tratamento do Alzheimer”.

 

Segundo a reportagem da Folha Online, o “mal de Alzheimer é a forma de demência mais comum em pessoas idosas. A doença é incurável, e afeta as regiões do cérebro que envolvem ideias, memória e linguagem”.

 

A reportagem do e! Science News diz que uma lenta e crônica desnutrição do cérebro parece ser um dos principais gatilhos de um processo bioquímico que causa algumas formas de doença de Alzheimer.

 

Analisando cérebros de ratos e de humanos, o estudo descobriu que quando o cérebro não recebe quantidades suficientes de glicose a proteína-chave elF2alfa é alterada.

 

Esta, por sua vez, aumenta a produção de uma enzima que ativa a produção dos depósitos pegajosos de proteína, que parecem ser a causa do Alzheimer.

 

Segundo a reportagem da Folha Online, os pesquisadores procuram desenvolver drogas que removam a substância beta-amiloide, que se deposita em placas que causam a destruição dos neurônios.

 

Outro objetivo seria eliminar “substâncias tóxicas que causam desordem na proteína tau (responsável pela manutenção dos microtúbulos dos axônios que, por sua vez, são estruturas responsáveis pela formação e sustentação dos contatos interneuronais)”.

 

Agora cogita-se também o desenvolvimento de drogas para bloquear a formação dessas proteínas a partir da elF2alfa, e também das placas beta-amiloides, declarou Vassar.

 

 

Leia artigos anteriores deste blog sobre doença de Alzheimer:

 

RISCO DE ALZHEIMER PODE SER MAIOR COM JUNK FOOD

 

EXERCÍCIO FÍSICO E DOENÇA DE ALZHEIMER

 

ASPIRINA PODE PREVENIR DOENÇA DE ALZHEIMER

 


OLHOS TAMBÉM PRECISAM DE PROTEÇÃO SOLAR

8 janeiro 2009

 

A maioria dos brasileiros não se protege adequadamente contra os raios solares, o que aumenta os riscos de catarata e doença macular relacionada à idade. As informações são de reportagem publicada no suplemento Equilíbrio do portal de notícias Folha Online. Clique aqui para ler a reportagem.

 

Segundo a reportagem, o instituto Penido Burnier fez um levantamento com 223 pacientes com mais de 50 anos de idade e descobriu que 57,6% deles não sabiam dos malefícios causados pela exposição dos olhos ao sol sem proteção adequada.

 

Leôncio Queiroz Neto, oftalmologista e autor do estudo, afirmou à reportagem que 30% de um grupo de 834 remadores norte-americanos que não protegeram os olhos do sol tiveram diagnóstico de catarata aos 50 anos de idade.

 

Há indícios de que o dano provocado aos olhos acontece depois da exposição cumulativa aos raios solares, segundo Neto. Na catarata, o sol deixa o cristalino dos olhos opaco e turvo, dificultando a visão e até mesmo levando à cegueira.

 

A mácula, por outro lado, é responsável por 80% da visão. Sua degeneração causada pelo sol afeta a visão para imagens distantes e próximas e “é considerada a principal causa de cegueira não-reversível do mundo”, segundo a reportagem.

 

 

Proteja os olhos

 

Especialistas recomendam o uso diário de óculos com proteção solar. A proteção dos olhos deve ser uma rotina, assim como proteger a pele com protetor solar.

 

Mesmo óculos comuns podem ter proteção contra raios UV. Segundo Queiroz Neto, “o filtro que protege os olhos da luz solar é uma película incolor, que não muda a cor da lente dos óculos”.

 

Um bom filtro UV nos óculos escuros é fundamental. Evite comprar óculos de procedência desconhecida, de fabricação clandestina, pois não há garantia de proteção.

 

O oftalmologista Renato Ambrósio Junior explica que usar óculos escuros sem filtro UV é ainda mais prejudicial. “Ela está mais exposta aos danos dos raios ultravioletas porque o escuro faz a pupila dilatar naturalmente”, disse.

 

Já as pessoas que não quiserem usar óculos escuros podem se proteger com bonés ou viseiras, que criam uma barreira física contra o sol.

 

 

Crianças também devem usar óculos protetores

 

Reportagem publicada na Folhinha, suplemento da Folha de S.Paulo direcionado ao público infantil, afirma que crianças também devem utilizar óculos com proteção solar.

 

Segundo a reportagem da Folhinha, oftalmologistas recomendam o uso de óculos escuros com bloqueio de ao menos 90% dos raios ultravioleta (UV).

 

A reportagem (que pode ser lida aqui, aqui e aqui, somente para assinantes da Folha ou do UOL) afirma que é preciso cuidado na hora de comprar óculos escuros.

 

“Os óculos vendidos em camelô não contêm proteção. A proteção encarece as lentes, que não poderiam ser vendidas pelos preços dos ambulantes”, afirma Marcelo Luís Occhiutto, oftalmologista e cirurgião do Hospital Santa Catarina, à reportagem da Folhinha.

 

Recomenda-se comprar óculos escuros que ofereçam no mínimo 90% de proteção contra os raios UVA e UVB. Segundo a reportagem, as melhores óticas possuem um aparelho de pode medir o grau de bloqueio dos óculos contra os raios UV.


SAIBA MAIS SOBRE PROTEÇÃO SOLAR E BRONZEAMENTO

19 dezembro 2008

 

A dermatologista Ligia Kogos esclarece dúvidas sobre bronzeamento e proteção solar. As informações são de artigo publicado pelo suplemento Equilíbrio do portal de notícias Folha Online. Clique aqui para ver o artigo.

 

Segundo Kogos, deve-se passar protetor solar meia hora antes da exposição ao sol, para aumentar a eficácia do produto, de preferência sem biquíni ou maiô, para não esquecer áreas da pele junto à roupa de banho.

 

Segundo a dermatologista, as pessoas neglicenciam o uso do protetor solar em áreas como as costas, o dorso dos pés, o pescoço e a região em torno das axilas.

 

Aplique o protetor solar como se fosse um hidratante, espalhando-o de forma homogênea. Kogos explica que se gasta em torno de 5 g do produto para cobrir o corpo todo.

 

A reaplicação do produto depende do grau de atividade física. Pessoas que praticam esportes e entram no mar devem reaplicar o produto duas vezes, se ficarem por volta de quatro horas na praia, com sol intenso.

 

Em dias de sol mais ameno, e com pouca atividade física, pessoas devem reaplicar o protetor solar apenas em regiões como rosto, ombros e colo.

 

A dermatologista segue dizendo que todas as apresentações de protetor solar (creme, gel, loção e outros) apresentam grande eficácia, mas que “produtos mais encorpados podem ter mais resistência à água e à transpiração, necessitando menos de retoques”.

 

Pessoas com queimaduras solares devem evitar banhos muito quentes ou muito frios, e utilizar hidratantes com uréia, lactatos, silicones ou dimeticones, óleos de avelã, macadâmia ou germe de trigo. Loções corporais pós-sol também são indicadas.

 

Para os casos de queimaduras graves, existem tratamentos que regeneram a pele, com produtos e equipamentos em hidratações profundas, e luzes calmantes e antiinflamatórias de equipamentos como o Multiwaves.

 

A dermatologista segue dizendo que o sol na praia é mais perigoso, pois a areia reflete a radiação solar. A brisa do mar atenua a sensação de calor, mas o sol continua a queimar a pele. Por fim, há o risco de adormecer tomando sol, e acordar com graves queimaduras solares.

 

 

Leia artigos anteriores deste blog sobre proteção solar e câncer de pele:

 

TATUAGEM E CÂNCER DE PELE

 

PROTEÇÃO SOLAR E VITAMINA D

 

CUIDADOS COM A PELE E OS CABELOS NO INVERNO

 

SOL CAUSA ENVELHECIMENTO PRECOCE DA PELE

 

TOMATE PROTEGE CONTRA RAIOS UV

 

CÂNCER DE PELE PREOCUPA ESPECIALISTAS


RESTRIÇÃO CALÓRICA AUMENTA LONGEVIDADE

17 dezembro 2008

 

Cientistas japoneses concluíram que “comer pouco é a maneira mais eficaz de ter uma vida mais longa”. As informações são da agência de notícias Efe, de Londres. O estudo científico foi conduzido pela Universidade de Kyoto, no Japão, e publicado pela revista especializada “Nature”.

 

Clique aqui para ver a reportagem da Efe, publicada no suplemento de Ciência do portal de notícias Folha Online. Clique aqui para ler um resumo do estudo científico, em inglês, no site da “Nature”.

 

Segundo o resumo, estudos anteriores mostraram que dois regimes de restrição calórica (jejum intermitente e restrição calórica crônica) implicavam extensão do tempo de vida e redução de problemas de saúde relacionados à idade, em mamíferos.

 

Os pesquisadores japoneses avaliaram o papel da enzima RHEB-1 no prolongamento da vida, e as alterações da enzima causadas pelo comportamento alimentar do Caenorhabditis elegans, uma espécie de verme da terra. O princípio pode ser aplicado a mamíferos, como o ser humano.

 

Segundo a reportagem da Efe, vermes que ficavam sem alimentação por dois dias tiveram a vida prolongada em aproximadamente 50%, maior resistência ao estresse oxidativo e menos sintomas de declínio físico relacionado ao envelhecimento, se comparados a vermes que podiam comer à vontade.

 

Este período sem alimentação é chamado de jejum intermitente (JI). Segundo o resumo da “Nature”, o JI conseguiu aumentar a longevidade mesmo quando havia pouca ou nenhuma restrição calórica crônica.

 

No entanto, os mecanismos moleculares por trás da longevidade induzida pelo JI permanecem amplamente desconhecidos.

 

 

Leia mais neste blog sobre longevidade:

 

FELICIDADE, SAÚDE E LONGEVIDADE

EXERCÍCIO PODE RETARDAR ENVELHECIMENTO