FRUTAS OLEAGINOSAS PODEM REDUZIR DOENÇAS CARDIOVASCULARES

 

Reportagem da Folha de S.Paulo aborda estudo que concluiu que adotar uma dieta mediterrânea associada ao consumo de nozes, amêndoas e avelãs pode ser útil no gerenciamento da síndrome metabólica.

 

A síndrome metabólica traz uma “associação de fatores de risco para doenças cardiovasculares relacionados à gordura abdominal e à resistência à insulina”, de acordo com a reportagem.

 

Leia a reportagem da Folha de S.Paulo, disponível na editoria de Ciência e Saúde da Folha Online, aqui. Leia um resumo, em inglês, do estudo, no site da revista especializada “Archives of Internal Medicine”, aqui.

 

O estudo, conduzido por pesquisadores da Espanha, avaliou os efeitos de uma dieta mediterrânea associada ao consumo de 30 g ao dia de frutas oleaginosas, ou 1 litro de azeite por semana ou somente uma dieta com baixos teores de gordura (grupo de controle), todas sem restrição calórica.

 

Segundo a reportagem da Folha, a dieta mediterrânea é rica em vegetais, cereais integrais e gorduras insaturadas e pobre em laticínios, carne vermelha e doces e está associada à proteção do sistema cardiovascular, segundo vários estudos.

 

Os participantes do estudo, 1224 idosos com alto risco de doença cardiovascular, foram recrutados de um estudo anterior, chamado PREDIMED (Prevención con Dieta Mediterránea), multicêntrico e randomizado, cujo objetivo era determinar a eficácia da dieta mediterrânea na prevenção primária de doença cardiovascular.

 

A redução na prevalência dos fatores da síndrome metabólica foi de 13,7% entre os que consumiram frutas oleaginosas, comparados a 6,7% de redução entre os que receberam azeite e 2% no grupo de controle.

 

O consumo de nozes está associado ao aumento da saciedade e menor adiposidade, afimou à reportagem Jordi Salas, professor de nutrição da Universidade de Rovira e Virgili (Espanha) e líder da pesquisa.

 

“O efeito antiinflamatório dessa dieta pode estar ligado à redistribuição de gordura. Quando se substituem carboidratos de alto teor glicêmico pelas gorduras insaturadas do azeite e das nozes, os níveis de triglicérides caem e os de HDL sobem”, declarou Salas.

 

Segundo o pesquisador, as nozes são ricas em substâncias com propriedades antiinflamatórias (magnésio, fibra, arginina) e antioxidantes. O triptofano presente nas nozes é usado pelo corpo humano para produzir serotonina, e também contribui para a sensação de saciedade.

 

O baixo desempenho do grupo que seguiu uma dieta pobre em gordura poderia ser explicado pelo maior consumo de carboidratos, causando aumento nos níveis de triglicerídeos, um dos fatores da síndrome metabólica.

 

O endocrinologista Walmir Coutinho, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, declarou à Folha que o estudo “gera uma hipótese interessante, mostra que reduzir gorduras pode não ser a melhor estratégia nesse caso”.

 

A reportagem da Folha traz ainda comentários dos especialistas Heno Lopes (Instituto do Coração) e Cláudia Cozer (endocrinologista).

 

 

Leia artigo anterior deste blog sobre dieta mediterrânea:

 

DIETA MEDITERRÂNEA PODE PREVENIR O CÂNCER

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